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O que é a Comunicação Não-Violenta

Em minha postagem anterior, falei sobre a violência em sala de aula e sobre o nosso papel como professores nesse contexto. Agora é o momento de falarmos sobre o caminho para criarmos uma sala de aula onde todos sintam-se seguros à expressão da diversidade: a Comunicação Não-Violenta (CNV).
Como vimos na postagem anterior, a paz não pode ser construída sobre os alicerces do medo. Sendo assim, nós professores precisamos cuidar para que nossas figuras não sejam associadas a sentimentos como medo, culpa ou vergonha. Marshall em seu livro sobre a CNV [1] explica que, toda vez que os outros nos associam a esses sentimentos, reduzimos as possibilidades de que, no futuro, eles venham a reagir compassivamente conosco. Assim, no contexto da sala de aula, ter nossas figuras associadas a esses sentimentos faz com que o conflito alunos x professores seja instaurado e a criação de um ambiente seguro ao aprendizado seja comprometida.
O meio ideal para evitar esse desgaste é a CNV. Ela se baseia em habilidades de linguagem que fortalecem a capacidade de continuarmos empáticos mesmo em momentos de conflito. Afinal, não existe real diversidade sem pelo menos a possibilidade do conflito.
Eu sei que saber isso apenas sobre a CNV não é suficiente. Falta o como e é sobre ele que conversaremos no próximo artigo, mas agora quero que você reflita honestamente sobre sua comunicação:

  1. Ela cria pontes ou paredes?
  2. Você está disposto a lidar com conflito?

Essas perguntas são essenciais para seguir o caminho da CNV, pois aplicar a CNV não é um manual, mas uma vivência.

Espero que você esteja disposto a dar uma chance a ela, então… até a próxima!


[1] Comunicação não-violenta. Marshall B. Rosenberg.

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